domingo, 12 de setembro de 2010

Porque nos expulsarão das sinagogas.


O capítulo 10 do Evangelho de Mateus relata que no princípio, o Senhor Jesus escolheu entre os seus discípulos, os doze apóstolos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel, e pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, porque digno é o operário do seu alimento. Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Gostaríamos de compartilhar com os irmãos uma particularidade indispensável, neste texto, quando o Senhor separou os doze para iniciar a obra: Observem que o Senhor Jesus deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para libertação de todo mal como: Curar enfermos, limpar leprosos, ressuscitar mortos, expulsar os demônios; porém os alertou: De graça recebeste, de graça dai. E também ordenou: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes (sacola) para o caminho, porque digno é o operário do seu alimento. Aqui começa o maior conflito dos pregadores contemporâneos em semelhança à palavra do Senhor Jesus, e perseguição aos seus verdadeiros discípulos que não aceitam dinheiro para fazer a obra do Senhor. Desde então Jesus ordenou aos discípulos, exercer o ministério de graça, como também não possuir: Ouro, prata, nem a sacolinha. O evangelista, caso não tenha condições próprias, até pode viver do Evangelho, mas quando em missão, participar somente do que é lícito, exemplo: Aceitar o alimento, a pousada, eventualmente vestes, transporte... Só o essencial para o cotidiano, mas tomar dinheiro dos irmãos, em nome do sangue e do sacrifício do Senhor Jesus, isso nunca poderá ser praticado.
Porque desde o princípio, Jesus ordenou que o Evangelho fosse anunciado dessa forma, e não revogou essa ordenança, e qualquer que mudar essa ordenança estará defraudando. Mas lamentavelmente, há pregadores torcendo a verdade de Cristo em mentira, anunciando que Judas Iscariotes era o tesoureiro do grupo, fundamentados na passagem bíblica no livro de João 13.26-29 onde Jesus, após ter dado o bocado molhado para Judas disse-lhe: O que fazes, faze-o depressa. E nenhum dos que estavam assentados a mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto; como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa, ou que desse alguma coisa aos pobres.
No livro de Lucas 10.4, Jesus disse aos discípulos: Não leveis bolsa, nem alforje... Mas a palavra em João 12.6, desvenda o porquê Judas tinha bolsa, relatando: Ora ele (Judas Iscariotes) disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. Nisso vem a revelação da palavra, que Judas tinha bolsa por duas razões: Primeiramente porque era desobediente, isso é, descompromissado com a verdade (Lucas 10.4), e também porque era ladrão (João 12.6), e tirava as coisas que ali se lançava. Os pregadores que apreciam Judas como tesoureiro, contraditam a palavra do Senhor que o declara ladrão. Como também, não podemos tomar como exemplo a conduta de Judas, para aplicá-la como regra de doutrina a igreja, para pedir ou aceitar dinheiro sob pretexto de evangelização, pois a palavra do Senhor reprova e condena todos os seus atos (João 6.70 e 17.12). E nos últimos momentos, antes de Cristo ser entregue aos seus executores, reuniu os discípulos que haviam de trabalhar pelo seu nome, e lhes falou sobre as perseguições e tribulações que havia de vir sobre eles, e os instrui dizendo: Tenho-vos dito essas coisas para que não vos escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; e vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus (João capítulo 16). Jesus avisou previamente e declarou: Expulsar-vos-ão das sinagogas. Então perguntamos: Quem, e em que ocasião os seus discípulos serão expulsos das sinagogas? Certamente todo aquele que discordar da doutrina das igrejas hoje constituídas, torna-se candidato a expulsão. Ao pregar o Evangelho nas instituições religiosas denominadas “igrejas”, caso o sermão seja em harmonia com a doutrina estabelecida pelo estatuto da organização, com certeza será bem-vindo e acolhido no seio da congregação. Mas se a pregação contrariar os princípios da “igreja”, você está fora do sistema. E para isso, não precisa muita coisa não, basta pregar só a Verdade estabelecida no Evangelho de Cristo. Anunciar por exemplo, que o homem tem que viver do suor do seu rosto, porque hoje não existe mais a figura do levita, e que o “DÍZIMO” são ordenanças da lei de Moisés, e pela graça do Senhor Jesus ninguém precisa pagar mais nada pelas bênçãos e salvação, porque Ele mesmo pagou o mais alto preço, com o seu próprio sangue.
Pronto, você nem imagina o tamanho da confusão que você acabou de arrumar com a liderança, e até mesmo com os membros da igreja. Mas pode alguém contrariar a verdade de Cristo em detrimento a doutrina de homem? Nós não recebemos o Evangelho por vontade de homem algum, e o nosso compromisso é com Jesus Cristo e a sua verdade, e os que desejam alcançar o Reino de Deus terão que praticar a verdade, ao contrário, não verão a sua glória. O Capítulo 9 do Evangelho de João, narra que o Senhor Jesus curou um rapaz cego de nascença, e esse, fora pressionado e perseguido pelos fariseus (principal religião entre os judeus), por causa do nome do Senhor, como também os seus pais, os quais negaram a Jesus (João 9.22) porque temiam os judeus, porquanto os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele o Cristo, seria expulso da sinagoga. Apesar de tudo, até muitos dos principais entre os judeus creram em Jesus; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga (João 12:42). E os fariseus continuam administrando as igrejas, e anunciando um evangelho apócrifo, conhecido nos meios evangélicos como o evangelho da prosperidade, enganando e sendo enganados.
Testemunho isso pela própria experiência. No início da minha conversão, comecei lendo o Novo Testamento, e o Espírito Santo de Deus revelava-me a palavra, sentia o Espírito de Deus cochichando aos meus ouvidos, e quando eu participava de algum culto, observava a pregação, que na maioria das vezes, afrontava a verdade de Cristo. Aquilo me causava angústia e vez por outra tentei me aproximar desses pregadores e anunciar a verdade, porque na minha ingenuidade, acreditava que poderiam mudar e prestar um grande serviço a Deus, mas eles me recebiam com pedras, me tratavam como uma criança, e diziam que eu precisa orar e pedir sabedoria a Deus para entender a licitude do dízimo e oferta, como também, outras doutrinas estranhas que aplicavam às igrejas. Certa vez, ao visitar uma grande igreja desta cidade, o pastor estava orando no púlpito, e ao me ver adentrar a igreja, pronunciou a seguinte frase: “Irmãos, o inimigo não quer o crescimento financeiro desta igreja”. Aquilo me causou profunda dor, não pela humilhação sofrida, mas pela infelicidade na colocação das suas palavras, porque dias antes, eu havia lhe anunciado justamente as palavras do Senhor Jesus, o qual disse aos seus: De graça recebeste, de graça dai.
Conclui-se que o inimigo, que se referia esse pastor que não queria o crescimento financeiro da igreja, só pode ser Jesus Cristo, porque não fomos nós que escrevemos o Evangelho, mas toda palavra, foi divinamente inspirada, pelo Espírito Santo do Senhor. Em uma outra igreja, o “pastor” fez uma pregação exclusivamente direcionada a minha pessoa, objetivando-me humilhar, ao saber que eu havia passado o estudo bíblico a verdade sobre os dízimos, para um membro da sua igreja.
E na sua preleção, ele declarou: “Sou um pastor formado há tantos anos (não me lembro quanto tempo) e não admito heresias de neófito na minha igreja”. Esse “pastor” contraditou tanto, que ao fim da sua pregação as suas palavras tornaram-se peçonhentas contra si mesmo, pois, confessou: “Eu sei que o dízimo pela lei é abolido, mas o dízimo de Abraão, esse dízimo jamais será revogado”. Na realidade ele não tem noção da amplitude de sua heresia.
Um outro pastor me alertou em tom ameaçador: Irmão, pare com isso, porque você é uma formiguinha que está caminhando de encontro a uma manada de elefantes. Você acha que se fosse assim, Deus iria deixar de revelar essas coisas a tantos pastores sábios, para revelar justo a você, que é um neófito?
Observem que esse “pastor” também contraditou Jesus novamente, o qual declarou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Nesse tempo, abriu-se uma igreja próxima da minha casa, fiz algumas visitas e o pastor com a sua esposa, começaram a freqüentar minha casa. Certo dia, falávamos sobre o dízimo, então rechacei essa ordenança do Antigo Testamento. Ambos ficaram excessivamente nervosos, e só não me agrediram fisicamente porque estavam dentro da minha casa, mas não pouparam agressão verbal, e encerraram a amizade comigo e com os meus familiares.
Na minha caminhada, recebi muitas afrontas alem dessas, em diálogo com defensores do dízimo. No entanto, de minha parte nunca com espírito de contenda, mas sempre com mansidão, e alguns me deram as costas, mas o curioso é que a maioria dizia sempre a mesma coisa: O irmão precisa orar muito para ter discernimento que é lícito receber o dízimo no Novo Testamento. E ainda hoje, de vez em quando somos apedrejados pelo fale conosco do site, quando não, pessoalmente. E tudo isso ocorre por uma única razão: Porque anunciamos que a obra de Cristo deve ser realizada de graça, como faziam os seus apóstolos e discípulos, conforme ordenança da palavra do Senhor no Novo Testamento. Mas isso não é motivo para enfraquecer a nossa fé, ao contrário, há razão de sobra para alegrarmo-nos, porque no Evangelho de Mateus 5.10-12, Jesus nos conforte dizendo:
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
E na primeira carta aos Coríntios 4.13, a palavra relata que somos blasfemados e rogamos; chegamos a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos.
O capítulo 4 do Evangelho de Lucas, conta que Jesus, ao declarar-se ungido de Deus para evangelizar os pobres, pregoar liberdade aos cativos e dar vistas aos cegos, todos na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, O expulsaram da cidade e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem.
A igreja primitiva de Cristo também sofreu uma perseguição ferrenha pelos judeus, os quais taparam os ouvidos para não ouvir falar de Cristo, para não mudar os costumes legado por Moisés. Muitos dos discípulos foram presos, açoitados e sofreram morte violenta. Os judeus respiravam ameaças e muitas vezes, castiga-os por todas as sinagogas, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. E com a igreja de Cristo não será diferente, coisas inesperadas ainda acontecerão, mas nada temas, crê somente.
O Senhor ampara os que são seus. Vamos ao bom combate até o fim, porque grande será o galardão no Reino do Céu ao cumprimento da palavra do Senhor Jesus o qual declarou: Quem ouve a vós, a mim me ouve; e quem rejeita a vós a mim rejeita; e quem a mim rejeita, rejeita aquele que me enviou (Lucas 10.16). Mas o Senhor nos aconselha a não temê-los, e exorta: Isso vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim (João 16.3).
Deus seja louvado.

Extraído

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