segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ARREBATAMENTO


Já demonstramos anteriormente a proposição de que a Bíblia é um li­vro profético. Já chamamos a atenção para o fato de que o Messias li­teralmente cumpriu 109 profecias do Antigo Testamento durante sua peregrinação na Terra sob o nome de Jesus. Falamos de como 25 dessas profecias foram cumpridas por meio desse homem num período de 24 horas. As probabilidades de algo como isso acontecer são de bilhões con­tra uma. Contudo, o Messias cumpriu todas as profecias que Lhe diziam respeito até o último detalhe. Há 845 citações do Antigo Testamento no Novo Testamento e, dessas, 333 referem-se ao Messias.
A vida do Messias foi certificada por não menos de 22 historiadores de sua época, como Tácito, Suetônio, Serapião, Phlegon, Lucien, Josefo. Muitos desses historiadores eram antagônicos em relação a ele, contudo registraram a vida dele com relatos circunstanciados. Josefo era um fa­moso general do exército asmoniano e célebre historiador do seu tempo. Não apenas registrou a vida de Jesus, mas na verdade, escreveu sobre a ressurreição. E Josefo não era cristão. Tal foi o impacto da vida, morte e ressurreição de Cristo que até mesmo historiadores seculares da época comprovaram suas obras.
De modo que a existência de Jesus é um fato histórico estabelecido. Nosso calendário atual começa com o nascimento dele. Recapitulando que esse homem caminhou sobre a Terra e cumpriu todas as profecias relativas à sua vida, qual é a próxima que deverá ocorrer? Bem, se a pri­meira vinda do Messias foi um tema importante das profecias do Antigo Testamento, sua segunda vinda será ainda mais importante. Pois há 20 vezes mais profecias no Antigo Testamento alusivas à segunda vinda do que relativas à primeira. Na verdade, sua volta é o segundo tópico mais mencionado em todas as profecias bíblicas.
Em suas Epístolas, Paulo menciona a segunda vinda 50 vezes, e con­tudo fala de batismo apenas 13 vezes. Vejamos primeiramente Atos dos Apóstolos e examinemos como o Messias partiu da Terra, quando ele ha­bitava entre nós como o homem chamado Jesus:

Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.
Atos dos Apóstolos 1:9

Isso ocorreu no Monte das Oliveiras, não muito longe de Jerusalém. O Messias tinha acabado de dar instruções aos seus Apóstolos quando co­meçou a elevar-se da montanha numa nuvem. Atos dos Apóstolos des­creve o que ocorreu a seguir:

E, estando eles com os olhos fitos no Céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles. E lhes disseram: "Homens da Galiléia, que estais aí a contemplar o céu?
Esse Jesus, que vos foi arrebatado, virá do modo que para o céu o vistes partir."
Atos dos Apóstolos 1:10-11

Os dois homens que trouxeram essa mensagem eram provavelmen­te Miguel e Gabriel, mensageiros ou homens sobrenaturais de quem já fa­lamos em capítulos anteriores. Mas uma coisa que deixaram de revelar foi quando, precisamente, ele voltaria. Os cristãos primitivos acreditavam que a volta dele era iminente. É por isso que, naqueles tempos, muitas pessoas costumavam subir nos telhados planos de suas casas para velar e esperar por ele. Era a promessa da segunda vinda que mantinha esses cristãos primitivos tão motivados.
Contudo, quase dois mil anos depois, aqui estamos e ele ainda não voltou. Com o passar do tempo, nosso entendimento do significado da segunda vinda perdeu-se sobremaneira num excesso de dogma religioso.
A segunda vinda tem duas partes. A primeira é conhecida de mui­tos cristãos por "Arrebatamento". Isso refere-se a um tempo em que Je­sus voltará à Terra provisoriamente para "resgatar" os verdadeiros crentes. A Bíblia ensina que algum dia todo cristão que ainda estiver vivo "desa­parecerá" para ir ao encontro de Cristo. Os que permanecerem na Terra terão de amargar o holocausto de acontecimentos terríveis vaticinados no Apocalipse. Mas vamos começar dando uma olhada no Arrebata­mento. O próprio Jesus falou disso pela primeira vez em João 14:1-3.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei pa­ra mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

De modo que temos essa promessa do próprio Senhor de que Ele voltará para nos tirar deste mundo funesto e nos levar para um lugar pre­parado por Ele.
Como já dissemos, historiadores da época registraram a existência de Jesus. E mesmo Josefo menciona a ressurreição do Messias. A ressur­reição é o fundamento da fé cristã. Em vez de um Cristo derrotado, tor­turado e morto pendurado na Cruz, o altar deveria mostrar um túmulo vazio e uma pedra afastada e uma comunicação adornada em grandes le­tras maiúsculas: "ELE RESSUSCITOU." Nossa vitória é a ressurreição do Messias e o que ele realizou com Sua morte.
Muitas passagens dos Evangelhos têm relação com o Cristo ressus­citado. Depois de ouvir falar da ressurreição, Tomé disse que enquanto não tocasse os ferimentos no corpo do Senhor ele não acreditaria. Mais tarde Jesus apareceu a Tomé e convidou-o a tocar Seu corpo, dizendo:

Apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
Lucas 24:39

O Evangelho de João, capítulo 21, nos fala do aparecimento do Cris­to ressuscitado a Pedro e a alguns dos discípulos depois de eles terem re­solvido voltar a pescar. Quando O encontraram na praia, em seu corpo ressuscitado, Ele já estava cozinhando o desjejum. E todos se juntaram ali e comeram peixe com Ele. Anteriormente, o Senhor já lhes tinha di­to que não beberia vinho novamente até que todos estivessem no Paraí­so, onde beberiam vinho novo com Ele. Tenho especial predileção por essa passagem do Novo Testamento, pois aprecio o bom vinho e também gosto de pescar e de peixe às refeições.
Saulo de Tarso foi aquele a quem Iahweh escolheu para disseminar a boa nova da ressurreição entre os povos das nações dos gentios. Esta­va viajando para Damasco a fim de prender os discípulos do Messias quando uma luz do céu resplandeceu sobre ele e o cegou. Depois de três dias, a cegueira se dissipou e ele começou a pregar sobre a visão que ha­via tido do Messias. A partir dessa ocasião, ele ficou conhecido como Paulo, autor das várias epístolas. Aqui está seu relato de testemunha ocu­lar da ressurreição do Messias.

Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; e apareceu a Pedro e depois aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora. Depois foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, foi visto também por mim.
1 Coríntios 15:3-8

Se alguém é testemunha ocular de um acidente ou crime, é uma tes­temunha direta. Segundo Paulo, houve mais de 500 testemunhas diretas da ressurreição do Messias. Quando chegar a época da Sua volta, é isto que acontecerá:

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do Arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados jun­tamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
1 Tessalonicenses 4:16,17

Sei que deve parecer quase impossível aceitar que um número talvez de diversas centenas de milhões de cristãos, que vivem espalhados pelo mundo inteiro atualmente, possam subitamente desaparecer num piscar de olhos. Contudo, isso é precisamente o que a Bíblia nos diz que acon­tecerá quando o Senhor voltar dos céus com toda majestade. Examine­mos um relato paralelo desse acontecimento em 1 Coríntios 15:51-2.

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos (morreremos), mas transformados seremos todos - num momento, num abrir e fe­char de olhos - ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Quanto tempo dura um abrir e fechar de olhos? Esse é o tempo que vai demorar para que desapareçamos desta Terra. E então começará o tempo chamado de a Grande Tribulação. Mas a boa nova é que não tere­mos de sofrer esse período de caos, pois já teremos sido retirados daqui.
Quando digo "já teremos sido retirados daqui", estou me referindo àqueles que acreditam no Messias. Essa é a mensagem simples e a pro­messa que ele nos transmitiu enquanto esteve na Terra. Ou seja, todo aquele que acredita n’Ele será salvo da ira que virá. Mas quem não acre­ditar permanecerá na Terra para suportar a Grande Tribulação conforme relatada no Apocalipse.
O versículo mais conhecido da Escritura é, provavelmente, João 3:16. Na TV, de vez em quando, vemos uma pessoa numa multidão em algum acontecimento esportivo segurando bem alto ou agitando uma ta­buleta onde se lê: João 3:16. É uma mensagem muito simples que contém uma grande verdade. Ei-la:

Porque Deus amou de tal maneira o mundo, que deu Seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vi­da eterna.

Um só homem pagou por nossos pecados e um só homem Iahweh ressuscitou dentre os mortos em todos os tempos. Ele é o Messias, e é só por meio d’Ele que temos esperança. Só por meio da crença em Jesus Cris­to poderemos escapar dos castigos e da ira que cairão sobre a humanidade e sobre o mundo inteiro.

Quanto mais, então, agora, justificados por Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira.
Romanos 5:9

Essa segurança de que seremos salvos da ira vindoura encontra-se repetida em outras passagens das Escrituras. Alguns cristãos dizem que todos deverão passar pelos acontecimentos terríveis do Apocalipse. Se isso for verdade, o versículo acima é uma ilusão e Paulo não sabia do que estava falando. Observemos novamente a parte final desse versículo. Diz: "seremos por Ele salvos da ira."
Na Epístola aos Tessalonicenses, Paulo repete essa promessa: "... e esperar do Céu por Seu Filho, a Quem Ele ressuscitou dos mortos - Je­sus, que nos resgatará da ira vindoura."
Poderia haver maior clareza? Ou seremos salvos da ira que virá, va­le dizer, o Apocalipse, ou não seremos, e a promessa direta e simples é que aqueles que acreditam no Messias serão salvos, assim como Noé e sua família foram salvos do Dilúvio. Pois o Dilúvio e Sodoma e Gomorra são arquétipos ou símbolos dos castigos divinos futuros. E assim como Noé e os seus foram salvos na época do Dilúvio, assim também Ló e sua fa­mília tiveram de ser retirados antes de os castigos divinos caírem sobre Sodoma e Gomorra.
Da mesma maneira, os justos que crêem no Messias deverão ser re­tirados desta Terra antes que ocorram os fenômenos profetizados no Apocalipse. O "Arrebatamento" não é um conceito singular na Bíblia. Enoque foi levado por Deus e, aparentemente, não morreu. Da mesma maneira, Elias foi levado ao Céu por "um carro de fogo" e não morreu (2 Reis 2:11).
O capítulo 8 de Atos dos Apóstolos conta a história de Filipe e do etíope. Esse homem era um importante funcionário encarregado do te­souro ou departamento de finanças de Cândace, rainha dos etíopes. De­pois de contar-lhe as boas novas da vinda do Messias, Filipe batizou-o. E então, o Espírito do Senhor subitamente levou Filipe e ele apareceu em um lugar chamado Azoto, distante muitos quilômetros de onde os dois haviam estado. De maneira que a ideia de ser levado de um lugar pa­ra outro não é uma ideia isolada na Bíblia.
Não há indicações de quando o Arrebatamento poderá ocorrer, mas há muitos sinais e presságios relacionados à Tribulação que se aproxima. Contudo, ainda que possamos ver muitos sinais que sugerem a iminên­cia dos terríveis acontecimentos do Apocalipse, também sabemos que precisamos ser "arrebatados" antes de a Tribulação começar. Portanto, é possível presumir que o Arrebatamento está prestes a acontecer. Na ver­dade, poderá acontecer a qualquer momento.
Tudo que podemos fazer é observar e orar e esperar pelo Filho do Céu que nos salvou da ira vindoura
Extraido.

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