domingo, 10 de outubro de 2010

Eleições na visão da Bíblia.


“E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” I Sm 8.7

Vamos fazer uma breve análise do texto de 1 Samuel 8:

“E Sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel. E o nome do seu filho primogênito era Joel, e o nome do seu segundo, Abia; e foram juízes em Berseba. Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito. Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles. E falou Samuel todas as palavras do SENHOR ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e de cinqüenta; e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o SENHOR não vos ouvirá naquele dia. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei. E nós também seremos como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras. Ouvindo, pois, Samuel todas as palavras do povo, as repetiu aos ouvidos do SENHOR. Então o SENHOR disse a Samuel: Dá ouvidos à sua voz, e constitui-lhes rei. Então Samuel disse aos homens de Israel: Volte cada um à sua cidade.”

Samuel nomeou seus filhos juízes, na parte sul de Israel, mas eles não seguiram o bom exemplo do seu pai (v.3). Eles decidiram proceder erradamente, e a Bíblia, neste caso, não culpa Samuel, como culpou Eli (2.29). Percebe-se que Samuel não lhes permitiu exercer o sacerdócio. O procedimento dos filhos de Samuel ensina que os filhos de pais convertidos devem ser levados a decidir quanto à sua vida espiritual.
O reinado fazia parte das promessas do concerto entre Deus e Abraão (Gn 17.6); e na benção que Jacó proferiu sobre seus filhos, destinou a monarquia à tribo de Judá (Gn 49.10). Moisés previu o dia em que Israel ficaria descontente com o governo direto de Deus (Dt 17.14,15; 28.36). Tal profecia se cumpriu no incidente aqui registrado, quando Israel demandou um rei humano. Deus considerou o pedido dos israelitas como eles rejeitando como seu rei (v.7) e como sua precipitação em pôr em jogo sua missão de um povo especial de Deus. Os israelitas pediram um rei humano, para que fosse “como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras” (v.20). Criam, erroneamente, que a razão de suas aflições e derrotas vinham da incompetência do governo, quando, na realidade, o problemas era o pecado deles. Daí, eles conformaram-se com o modo de vida dos povos ímpios ao seu redor, ao invés de confiarem em Deus.
Até a época de Samuel, o governo de Israel fora uma Teocracia, isto é, o próprio Deus governava Israel como seu Rei. Deus governava através da orientação direta, da revelação especial, da Palavra escrita e por intermédio de dirigentes escolhidos e ungidos. Quando Israel pediu um governo monárquico, seus reis passaram a assumir o cargo por sucessão hereditária e não pela escolha direta de Deus sobre o seu povo. No final da história, Deus voltará a assumir o governo direto do seu povo, por intermédio de Jesus Cristo, e o “seu Reino não terá fim” (Lc 1.33; 1 Tm 1.17; Ap 20.4-6; 21.1-8).
Embora não fosse da vontade de Deus dar a Israel um rei nessa ocasião, não deixou de fazê-lo (Os 1.11). Temos aqui um exemplo da história se desenrolando segundo a vontade permissiva de Deus e não segundo a sua vontade perfeita. Deus permitiu o estabelecimento de um rei e o governo monárquico, apesar dos seus problemas e infortúnios (vv.10-18) que surgiram, pelas seguintes razões: 1) Evidenciar a necessidade do reino perfeito de Deus e assim prenunciar Jesus Cristo como o Rei dos reis (Mt 2.2; 21.5; 1 Tm 1.17; 6.15; Ap 19.16) e 2) Ensinar ao seu povo que nenhum tipo de governo no mundo inteiro solucionará seus problemas, nem garantirá paz e segurança, enquanto houver pecadores aqui. Somente no novo céu e na nova terra é que reinará a justiça, e a perfeita paz e felicidade serão a porção de todos (Ap 21-21).

Muito se tem falado, especulado nestas eleições que o Brasil participa. Grupos brigando, se acusando, a sociedade tomando partido, e até os “crentes” estão no meio dessas coisas. Tem “crente” apoiando Dilma, tem crente apoiando Serra... Mas uma das coisas que não devem acontecer é briga entre os crentes!
Estive muito interessado em saber na Bíblia, como acontecia em Israel. Sabemos que somos o “Israel espiritual”, então devemos tomar, por exemplo, como cristãos, o que o Senhor quer para nós com esta eleição. Nenhuma forma de governo terrestre é boa. Democracia, Monarquia, Parlamentarismo, Ditadura, Capitalismo ou Socialismo (não são formas de governo, mas tem haver com a economia das nações), etc.
Falando em Democracia, como o país pode ser democrático se sou obrigado a votar? Não deveria ser assim, não é? A verdade é que o povo não saber o que quer, ou melhor, só querem saber dos seus próprios interesses e não os da nação. Eu confesso que até um dia antes do 1° turno não tava nem um pouco a fim de votar em ninguém. Estava decidido a “branquear”. Mas no domingo, decidi votar nos que se dizem “crentes”. Então votei, deixando a responsabilidade com os candidatos. O mínimo que eu poderia fazer era votar nos “cristãos”.
Nesse 2° turno, me voto é Branco, já que antes tinha votado na Marina por ela ser “crente”.
Mas apesar de nossas vontades, a vontade que permanecerá é a de Deus, seja isso bom ou ruim para nós. Minha pátria não é o Brasil e sim a Israel Celestial. Meu dever como cristão é orar pelos governantes, orar pela paz da cidade.
Sabemos que o fim das coisas se aproxima, e que os governos mundiais apoiarão o anticristo. Vocês acham que o Brasil, sendo já a 8ª maior economia do mundo estará fora disso? Quem ganhar a eleição, seja Dilma ou Serra, vão apoiar o anticristo! Está escrito na Bíblia, leiam!
Agora, eu não quero ter parte nisso, por isso voto em branco. Não quero incentivar a ninguém, que cada um leia a Bíblia e tente entender o que Deus fala sobre isso.

“Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito Santo diz à Igreja!”

A paz!

Por: Daniel Vicente.

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