quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Palavra de Deus se cumpriu mais uma vez!

“Tenho-vos dito estas coisas para que vos não escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim. Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.” Jo 16.1-4

Aqui, Jesus não está falando da perseguição da parte dos pagãos, mas da oposição e hostilidade da parte das “nossas próprias autoridades religiosas e congregações religiosas”. A referencia anterior que Jesus fez ao ódio que o mundo tem aos cristãos (Jo 15.18,19), por certo inclui esses “líderes religiosos”. Todos os crentes professos ou “igrejas” infiéis aos ensinos de Jesus e à revelação apostólica segundo o NT, ou que não procuram manter-se separado dos corruptos sistemas de vida da sociedade, pertencem a este mundo (cf. 1 Jo 4.5,6). Esses supostos crentes professos adotam valores tão diferentes do verdadeiro evangelho que, quando perseguem ou matam os autênticos seguidores de Cristo, acham que estão servindo a Deus.
Enquanto os seguidores de Cristo estiverem neste mundo serão odiados, perseguidos, caluniados e rejeitados por amor a Ele. O mundo é o grande opositor de Cristo e do seu povo no decurso da história. O verdadeiro crente deve compreender que o mundo, inclusive as falsas igrejas e organizações religiosas, sempre se oporá a Deus e aos princípios do seu reino; assim, o mundo e o diabo continuarão sendo até o fim, o inimigo e perseguidor dos crentes fiéis (Tg 4.4).

A razão por que os crentes sofrem é por serem basicamente diferentes; não são do mundo e foram escolhidos do meio “do mundo”. Os valores, padrões e o modo de viver dos fieis, entram em conflito com os métodos iníquos da sociedade perversa em meio à qual vivem. Recusam qualquer transigência com os padrões ímpios, e, em contrário a isso, apegam-se às “coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.2).

Isso me faz lembrar da história do cego de nascença em João capítulo 9. Uma das melhores coisas que aconteceu ao cego foi a sua exclusão de sua religião anterior. Se lhe fosse permitido permanecer na sinagoga, teria corrido perigo de voltar aos caminhos tradicionais do judaísmo e, aos poucos, alienar-se de Cristo e do evangelho. Hoje, a mesma coisa pode acontecer aos que são salvos em Cristo, mas que pertencem à “igrejas” mornas ou à organizações religiosas sem fundamento bíblico. Se permanecerem numa tal “igreja”, ou sistema, poderão perder o interesse pelo verdadeiro cristianismo bíblico e voltar aos maus caminhos da sua vida anterior. O melhor é largarmos o que não é de Deus, para que Cristo se aproxime de nós plenamente.
“... uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo”. Jo 9.25
Que afirmação maravilhosa deste irmão nosso que era cego! Muito diferente de seus pais:

“Seus pais lhes responderam, e disseram: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego; Mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos, não sabemos. Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo; e ele falará por si mesmo. Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.” Jo 9.20-22.

Em João 12 nos versículos 42 e 43 Jesus disse (se puderem, leiam todo o cap. 12):

“Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.”

Muita gente, para agradar o próximo e ter sua aprovação, sacrifica sua fé, suas convicções e age contrariamente à sua consciência. Os tais estão prontos para juntar-se à maioria e ficar ao lado da opinião dos grandes ou das massas. Como pode o crente obter vitória sobre o receio dos homens e o desejo de reconhecimento da parte deles? Professar o cristianismo e, ao mesmo tempo, amar a glória dos homens mais do que a glória de Deus, é flagrante hipocrisia.
E isso acontece demais nos nossos dias. A história se repete, só muda os personagens. Pessoas que não tem a coragem de dizer que seus líderes estão errados, só servem para fazer fofocas nos corredores dos templos, falando mal deles mesmos, e quando chega a hora de dizer isso aos líderes, não falam, tratam uns aos outros com lisonjas e falsidades.

Todos aqueles que agem como os discípulos de Jesus, sofrerão perseguição da própria “igreja” que faz parte. Com os discípulos aconteceu isso e comigo, a mesma coisa. Eu fui expulso, assim como muitos. E muitos não só em Campos, mas em todo o mundo. E porque isso aconteceu? A resposta é simples. Não aceitei qualquer ensinamento que não correspondesse com a verdade bíblica. Outra coisa: denunciei pecados. Não concordava com muita coisa que estava errada.
E hoje, os que comentem pecados não são expulsos, muito menos disciplinados.
Disseram que abri uma “igreja”. A única igreja que conheço foi aberta por Jesus há quase dois mil anos. E por isso, ninguém tem o direito de abrir “igrejas”, templos ou denominações.
As pessoas precisam saber a verdade. Eu não fui desligado porque estou freqüentando uma outra “igreja”. Eu sou igreja, nós somos igreja, pessoas são a Igreja de Jesus (“onde estiverem dois ou três em Meu nome..”). A partir do momento em que aceitamos a Jesus como nosso Salvador e Senhor, nos tornamos parte da Igreja Dele. Igreja Livre em Movimento é o nome do Blog que criamos para com a finalidade de levar conhecimento da Palavra às pessoas. Não é uma nova “igreja”. Liberdade e Movimento são duas das muitas características da Igreja de Jesus, assim como : Amor, Justiça, Perseverança, etc.
Mas, diante de tudo isso, eu não tenho tristeza, ressentimento, ódio ou qualquer outra coisa. Estou sim, muito feliz, porque a Palavra de Deus está se cumprindo em minha vida e também:

“alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.”

Só sei que antes eu era cego, mas para que se manifestasse a glória de Deus, agora posso ver!

Por: Daniel Vicente

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